Seis anos se passaram desde a trágica noite de 14 de março de 2018, quando a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram brutalmente assassinados, deixando o Brasil e o mundo em choque. A perda de Marielle, uma figura carioca negra, bissexual, criada na favela da Maré e uma ativista incansável por uma sociedade mais justa e igualitária, provocou uma onda de comoção nacional e internacional. Para sua família, a dor e o luto transformaram-se em indignação e determinação na busca incessante por justiça e na preservação de seu legado.
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O Nascimento do Instituto Marielle Franco
Na esteira dessa tragédia, a necessidade de canalizar o luto e a luta por justiça de forma estruturada levou à criação do Instituto Marielle Franco. Fundado pela mãe de Marielle, a advogada Marinete da Silva, o Instituto surge como uma resposta à demanda por justiça, não só da família, mas de todo o mundo que questiona: quem mandou matar Marielle e por quê?
O Instituto Marielle Franco assume uma missão crítica: manter viva a memória de Marielle, defender seu legado político e inspirar novas lideranças periféricas, especialmente mulheres negras e faveladas. É financiado por patrocinadores e doações de pessoas físicas, dedicando-se à cobrança por justiça, à proteção da memória de Marielle contra ataques e fake news, e à promoção de seu legado político.
A Inspiração e o Trabalho Continuam
Sob a liderança de Lígia Batista, que assumiu a direção-executiva do Instituto após Anielle Franco, irmã de Marielle, ser nomeada ministra da Igualdade Racial do governo Lula, a organização segue promovendo cursos de formação em direitos humanos, organizando seminários e fomentando a articulação entre diferentes organizações da sociedade civil e coletivos. Lígia, que conheceu Marielle antes mesmo de ela se tornar vereadora, destaca a importância de defender a memória de Marielle e semear seus ideais para transformar realidades.
Rede de Sementes e a Agenda Marielle
O Instituto também é um catalisador de ações transformadoras, como a rede de sementes, que visa criar consciência social em jovens periféricos, e a Agenda Marielle, um conjunto de pautas e práticas que busca influenciar representantes eleitos a se comprometerem com as causas defendidas por Marielle.
Desafios e Esperanças
Apesar dos avanços e da formação de novas lideranças inspiradas no legado de Marielle, o Instituto enfrenta o desafio da violência política, que afasta pessoas da disputa institucional e mina a possibilidade de construção de futuros mais justos e democráticos. A luta contra a violência política de gênero e raça é vista como fundamental para fortalecer a democracia brasileira.
Seis Anos Sem Respostas
Seis anos após o crime, as investigações ainda buscam responder às perguntas que permanecem: quem mandou matar Marielle e por quê? Apesar de algumas prisões relacionadas ao caso, a condenação dos responsáveis ainda não aconteceu, mantendo a família e os apoiadores de Marielle em uma busca contínua por justiça.
O legado de Marielle Franco, perpetuado pelo Instituto que leva seu nome, é um lembrete poderoso do impacto que uma única voz pode ter na luta por um mundo mais justo. Enquanto a busca por justiça continua, o trabalho do Instituto Marielle Franco segue inspirando e formando novas gerações de lideranças comprometidas com a transformação social e a defesa dos direitos humanos.
Fonte: Da Redação
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