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terça-feira, abril 30, 2024

Pecuária brasileira luta para aplicar desenvolvimento sustentável

Um desafio sem precedentes. Assim podemos resumir a tentativa de alguns dos principais pecuaristas do Brasil que tentam aplicar o conceito de desenvolvimento sustentável em um setor considerado pelos ambientalistas como o vilão do meio ambiente, seja por causa de desmatamentos para a abertura de pastagens ou por culpa das constantes queimadas. Porto Gente mostra que o caminho é árduo. Quem explica o que pode ser feito para preservar a natureza no campo é o proprietário do Grupo Monte Verde, Jorge Picciani.
Deputado estadual no Rio de Janeiro desde 1991, Jorge Picciani (PMDB) é presidente da Assembleia Legislativa (Alerj). Fala com propriedade sobre as exigências do mercado para os pecuaristas, pois comanda o Grupo Monte Verde há 25 anos. Ele entende que não basta mais o boi ser verde, mas a pecuária como um todo precisa ser verde. Como fazer isso é um desafio que precisa ser superado logo, pois o Brasil tem potencial para movimentar mais que os US$ 5 bilhões gerados em 2008. Parte deste dinheiro a mais deve vir da China e da Rússia.
“Somos o maior exportador do mundo, temos qualidade e preço para isso, mesmo com o câmbio desfavorável, pois nosso boi tem um custo menor de produção e é considerado mais saudável que os criados no método de confinamento. O mercado externo tende a crescer a partir do aumento de poder aquisitivo de populações como a China e a Rússia. O mesmo ocorre no mercado interno. O consumo per capita do brasileiro encontra-se em 35 kg de carne ao ano e isso chegará a 55 kg. Queremos é a vantagem de consumir uma carne ecologicamente correta”.
Picciani explica que o cuidado adequado dos pastos fará o País cortar a emissão de gases poluentes na pecuária. A adoção do sistema de pastoreio Voisin é o caminho. O deputado diz que o mercado consumidor da Europa e dos Estados Unidos hoje quer saber se a carne exposta no supermercado foi importada de áreas desmatadas ilegalmente, se foram respeitadas as leis trabalhistas e se os direitos dos animais foram observados, motivos mais que suficientes para a pecuária brasileira mudar. “Sua forma de produção convencional não é sustentável”.
O pecuarista completa: “o mundo está mudando. Na verdade, já mudou. Não basta nosso boi ser verde. Também a nossa pecuária tem que ser verde. O Volsin permite isso sem um alto custo, bastando dividir um pasto em pequenos espaços. Assim, os bois permanecem 24 horas em casa espaço, em constante rotação. Enquanto os bois ficam numa área, o capim cresce livre nas outras. Isso parece pouco, mas muda bastante o processo de engorda, aumentando a quantidade e a qualidade da produção de carne e leite. E os benefícios ambientais são muitos”.
Fonte:Olhar Direto

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