O impacto foi maior no centro do país. Conforme o presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, o Rio Grande do Sul já trabalhava desde 2007 com redução nas exportações, gerada tanto pela queda de matéria-prima quanto pela diminuição no número de propriedades h

O impacto foi maior no centro do país. Conforme o presidente do Sicadergs, Ronei Lauxen, o Rio Grande do Sul já trabalhava desde 2007 com redução nas exportações, gerada tanto pela queda de matéria-prima quanto pela diminuição no número de propriedades habilitadas a vender gado à União Europeia (UE). Mesmo assim, houve reflexos. Lauxen comentou que sempre existiu ociosidade na indústria frigorífica gaúcha, mas os níveis de abate vêm caindo desde 2007. 'A indústria esperava que 2009 fosse o ano de recuperação das exportações, contando com maior disponibilidade de animais, mas a coisa está complicada.' A situação é agravada pela exportação de animais vivos e pela concorrência.
Criadores aptos – O integrante da Comissão de Bovinocultura de Corte da Farsul, Carlos Simm, reconhece que há um número reduzido de criadores aptos a exportar à UE, mas alega que o rigor no regramento inibe os produtores. Atualmente, há 70 propriedades Eras no RS. Contudo, discorda que a oferta de gado seja tão limitada. 'Se fosse tão pouca, não haveria redução no preço do boi', apontou.
Rio Grande do Sul – No primeiro bimestre do ano, o RS exportou 14.448 toneladas de carnes e miúdos, o que resulta em média mensal de 7.224 toneladas. Se a tendência se mantiver ao longo do ano, a projeção é encerrar 2009 com exportação de 86 mil toneladas. Em 2006, o embarque foi de 240 mil toneladas, informou o diretor executivo do Sicadergs, Zilmar Moussalle. Os abates com SIF ou Cispoa no primeiro bimestre somaram 181.872 cabeças, 20% menor que em 2008.
Medidas – Para combater esse cenário, o governo federal estuda medidas. Lauxen destacou que há discordâncias na cadeia. 'As grandes empresas exportadoras precisam de ajuda, mas o governo gosta de apoiar só os grandes.' Por isso, a Associação Brasileira de Frigoríficos propôs a desoneração de impostos federais, ao invés do aporte de recursos. A sugestão é de corte de PIS e Cofins.
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