O exemplo do SUS

A saúde, no geral, sempre será prioridade de qualquer governante, em qualquer esfera. No Brasil, como sabemos, a saúde é universal e atende a todos sem qualquer tipo de distinção. No entanto, também sabemos que um sistema universal como o SUS, por sua dimensão e complexidade, acaba muitas vezes não contemplando plenamente o cidadão.
Mas não se pode ignorar que, mesmo com suas limitações, o nosso sistema público de saúde é exemplo para o mundo. Países desenvolvidos, como a Inglaterra, reconhecem o SUS como um sistema único e de excelência.
Nos Estados Unidos, por exemplo, um trabalhador comum não teria acesso a algo similar ao SUS. Na América do Norte, a cobertura de saúde é obtida principalmente por meio de planos privados — geralmente ofertados por empregadores — ou ainda pelos programas governamentais como Medicare (para maiores de 65 anos e pessoas com deficiência) e Medicaid (para pessoas de baixa renda).
E vale ressaltar: os planos de saúde privados norte-americanos são extremamente caros. Além disso, o sistema público é bastante limitado e não cobre grande parte dos tratamentos. Resultado: muitas famílias entram em falência ao tentar pagar tratamentos médicos.
Sabemos que o nosso sistema não é perfeito e apresenta muitas falhas, porém, temos que reconhecer que — bem ou mal — o SUS cumpre sua missão: fornecer saúde pública verdadeira e universal.
O SUS é um resultado direto da Constituição de 1988, a chamada Constituição Cidadã. E aí está um acerto histórico do povo brasileiro ao eleger a Constituinte daquela época.
Imagine como seria a vida do brasileiro sem um sistema público e universal de saúde. Imagine ainda o quanto o governo investiria em Saúde caso ela não tivesse caráter universal. É impossível prever com precisão, mas certamente, sem o SUS e sem sua rede hospitalar, a expectativa de vida do brasileiro seria muito menor.
Sem a rede de postos de saúde e hospitais públicos, haveria estrutura privada suficiente para atender toda a população? Muito provavelmente, não.
Reiteramos: o SUS não é perfeito — nunca foi. Mas não se pode negar que uma parcela enorme da população teria muito mais sofrimento se ele não existisse.
Fonte: Da Redação



