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Pesquisa constata resíduos de agrotóxico no sangue e urina de moradores de 40 municípios de MT

Uma pesquisa feita em quarenta municípios produtores de grãos de Mato Grosso constatou a presença de resíduos de defensivos agrícolas no sangue e na urina de moradores, em poços artesianos e amostras de água da chuva coletadas em escolas públicas e no ar.
O trabalho é fruto de uma parceria entre a Fundação Oswaldo Cruz e a UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso),visando medir efeitos do uso de agrotóxicos, monitorando da água de poços, contatando que 32% deles continham resíduos de agrotóxicos, que 40% das amostras de chuvas também estavam contaminadas, 11% das amostras de ar também apresentavam resíduos de tóxicos como o endossulfam -que teve seu banimento recomendado por seu potencial cancerígeno.
De acordo com o professor Wanderlei Pignati, pesquisador e doutor em saúde publica da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) e da Fundação Oswaldo Cruz, a amostragem demonstra contaminação não só nos municípios analisados mas também nos circunvizinhos e dentre os municípios analisados está Lucas do Rio Verde.
A pesquisa que teve sua primeira etapa concluída envolve todo o cetro oeste brasileiro e agora analisa a correlação entre esses dados de registros de intoxicações e a incidência de doenças como, câncer e ainda a má-formação fetal e distúrbios neuropsicológicos.
Segundo o estudo, Mato Grosso despejou na última safra cerca de 105 milhões de litros de agrotóxicos -11% do total do Brasil. No período, as cidades pesquisadas colheram 2,5 milhões de toneladas de soja e milho -8% do estimado para o Estado.
Segundo Pignati as secretarias de saúde estão recebendo relatório da pesquisa para que providências sejam tomadas.

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