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sexta-feira, maio 3, 2024

PL que institui Semana de Conscientização sobre Depressão Infantil é aprovado pela Câmara

O presidente da Câmara Municipal de Sinop, Ademir Bortoli (PMDB) aprovou durante a sessão ordinária de segunda-feira (13), o Projeto de Lei de nº 122/2017, que inclui no calendário municipal a Semana de Conscientização sobre Depressão Infantil.

Em maio, Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que o transtorno depressivo é a principal causa de incapacidade de realização de tarefas do dia a dia, entre jovens de 10 a 19 anos. No Brasil, não é diferente. Embora não haja dados estatísticos, estima-se que a incidência do distúrbio gire em torno de 1% a 3% da população entre 0 a 17 anos, o equivale a cerca de 8 milhões de jovens.

Depressão é uma doença grave, se não tratada adequadamente, interfere no cotidiano das pessoas e compromete a qualidade de vida. Entre os fatores que podem desencadear a depressão infantil estão a morte de um dos pais, dos avós ou de um ente querido próximo; maus tratos dentro da família; filho indesejado; filho criado por somente de um dos pais; alcoolismo, entre outros.

De acordo com profissionais da área da Saúde, em adultos o diagnostico é mais fácil, porém com as crianças é diferente, elas aceitam a depressão como fato natural. Embora estejam sofrendo, não conseguem identificar os sintomas como sendo uma doença. “Elas se calam e se retraem e os pais muitas vezes não entendem que os filhos precisam de ajuda. Com a semana de conscientização os pais, familiares e responsáveis terão acesso a informações e assim poderão não só identificar a doença, mas também saber o que fazer para ajudar as crianças e adolescentes que são acometidos por ela”, salienta Bortoli.

De acordo com a OMS, os principais sinais e sintomas da depressão infantil se apresentam no baixo desempenho escolar, pouca capacidade para se divertir (anedonia), sonolência ou insônia, mudança no padrão alimentar, fadiga excessiva, queixas físicas, irritabilidade, sentimentos de culpa, sentimentos de desvalia, sentimentos depressivos, idealização e atos suicidas, choro, afeto deprimido, faces depressivas, hiperatividade ou hipoatividade.

A psicóloga Fátima Scalabrim revela que a depressão infantil na psiquiatria é muito recente, justamente pela dificuldade que a criança tem de expressar o que sente. “Antes a depressão infantil era considerada como fobias ou transtornos comportamentais. A criança tem dificuldade de expressar suas emoções e tende a somatizar este sofrimento, o que dificulta o diagnostico, e muitas vezes na correria do dia a dia os pais não conseguem notar que os filhos estão com depressão, e que necessitam de tratamento e de acompanhamento profissional. Com a conscientização dos pais e responsáveis o diagnostico fica mais fácil e assim a criança não sofre tanto”, explicou à psicóloga.

Após a aprovação no Legislativo, o projeto segue para a sanção do poder executivo municipal.

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