Prefeito faz repasse à Santa Casa, mas quer mudança na gestão e modelo administrativo

O prefeito Zé Carlos do Pátio autorizou na última quinta-feira (31) o repasse de mais de R$ 1 milhão para a Santa Casa de Misericórdia e Maternidade de Rondonópolis, recursos que incluem o FEF e a média e alta complexidade. A unidade hospitalar também já havia recebido aproximadamente R$ 800 mil referentes a manutenção das Unidades de Terapia Intensivas (UTIs), no último dia 24.
O prefeito voltou a afirmar nesta manhã que a Prefeitura de Rondonópolis vem cumprindo ao longo de toda a gestão, inclusive com adiantamento de repasses à Santa Casa, com os valores determinados na contratualização com a unidade, porém destaca que deve haver mudanças na gestão que não cumpre com metas, especialmente com o município em realização de exames e cirurgias.
Tanto que o município teve que optar em promover uma licitação para a realização de cirurgias eletivas no Hospital de Poxoréu e atualmente busca contratar a Materclin para promover cirurgias eletivas, já que a Santa Casa não consegue, segundo Pátio, atender as necessidades do município, mesmo com os repasses feitos para as realizações dos procedimentos.
Conforme dados levantados pelo município e apontados pelo prefeito, a Santa Casa recebia no total repassado pelo Governo do Estado, Município e Governo Federal ao longo de um ano, até 2014, aproximadamente R$ 27 milhões. Nos últimos três anos, esse valor subiu para R$ 43 milhões ao ano, e ao final de 2018, com os restos a pagar, o valor, atingirá quase R$ 50 milhões.
Para Pátio, mesmo com aumento de repasses, os problemas na Santa Casa continuaram. “Uma das ações para tirar a Santa Casa dos problemas que ela enfrenta é transformá-la em uma fundação e esse é um posicionamento que eu defendo. Além disso, já passou da hora de os gestores da Santa Casa pararem de colocar a culpa dos problemas na classe política que sempre atuou para buscar alternativas na resolução dos problemas e assumirem que há um problema de gestão”, reforçou o prefeito.
Pátio ainda destacou que se hoje a Santa Casa conta com equipamentos médicos fundamentais para o atendimento da população e vagas de UTI foi porque vários gestores investiram recursos públicos na unidade. “Tudo isso precisa ser levado em consideração”, disse.
Por outro lado, Pátio afirmou que jamais deixará de cumprir com o compromisso de garantir os repasses públicos para a Santa Casa, porque há profissionais que dedicam seus trabalhos à unidade e merecem receber salários. “São trabalhadores e empregos que precisam ser garantidos”, afirmou.