Prefeito se reúne com moradores e formará comissão para ir até o MPE

Em reunião na noite de terça-feira (5) com um grupo de moradores da região do Novo Horizonte, o prefeito Percival Muniz, resolveu formar uma comissão de moradores para ir até o Ministério Público do Estado – MPE para explicar, junto à Promotoria de Direito dos Cidadãos, sobre a construção do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III – Caps AD III na região, o que é rejeitado pelos moradores.
A intenção é mostrar também o posicionamento do MPE sobre a construção, que fez uma notificação recomendatória ao Município para que dê continuidade às obras que estão em andamento no local em detrimento aos protestos dos moradores locais, que alegam que o Caps AD III pode aumentar a violência na região, bem como desvalorizar terrenos e prejudicar as famílias que ali vivem.
O prefeito Percival Muniz deixou claro que está aberto para ouvir a população local, mas que não abrirá mão dos recursos federais obtidos pelo Município para a construção do Caps AD III, que irá ser um ponto de referência para o tratamento de dependentes químicos na cidade. “Um centro de recuperação para dependentes químicos é um dos mais importantes pedidos que venho recebendo em meu gabinete desde o início desta gestão e sei da importância que tem para a sociedade rondonopolitana”, disse Percival.
Segundo Percival, o problema da dependência química é um dos maiores do século que sacrifica jovens e famílias e que precisa ser enfrentado. “Nossos jovens estão se autodestruindo e Rondonópolis precisa enfrentar essa situação, por mais difícil que ela seja, já que o índice de recuperação ainda é muito baixo”, destacou o prefeito.
Percival explicou também que o Caps AD III não foi construído na Vila Buriti por questões técnicas como o desnível que o terreno apresentava. “Não foi por pressão popular que deixamos de construir o Caps AD III na Vila Buriti, mas sim por causa da situação do terreno que não era propícia”, argumentou.
O prefeito alertou a população, que, em hipótese alguma irá por em risco o convênio firmado com o Ministério da Saúde para a construção do Caps AD III. “Temos que pensar que não temos um recurso somente para a construção, mas também será o Governo Federal que arcará com a manutenção, como o pagamento dos salários da equipe médica, que em um único mês cosumirá em torno de R$ 150 mil. Eu estou aqui para pensar no futuro de Rondonópolis”, afirmou.
Até que a comissão não se reúna com o MPE, as obras continuam normalmente na região.