Um problema que começa a ser resolvido

O crescimento da cidade, como todos sabemos, traz muitos benefícios, mas também gera prejuízos e desgastes em diversos setores. O progresso, infelizmente, nunca vem sozinho. Toda construção, por mais importante que seja, sempre produz algum impacto negativo.
A missão é sempre minimizar ao máximo esses impactos.
Na cena urbana, temos inúmeros exemplos desse tipo de situação. Um deles é a condição dos fios e cabos de internet e energia espalhados pela cidade. O problema, que há anos parecia sem solução, apresenta pelo menos dois pontos críticos: o visual e o de segurança.
Do ponto de vista estético, os postes abarrotados de cabos conferem à cidade uma imagem de desleixo e desorganização. Já no aspecto da segurança, não é raro vermos, no noticiário, casos de acidentes — muitos deles graves — envolvendo motociclistas que acabam atingidos por esses fios. Em uma das ocorrências, um rapaz quase perdeu a vida ao ser cortado no pescoço por um cabo inutilizado, situação que por pouco não teve um desfecho trágico.
A boa notícia, divulgada esta semana pela assessoria de imprensa do município, é que o prefeito Cláudio Ferreira acompanhou o início de um trabalho em parceria com empresas de telecomunicações para a retirada dessa fiação irregular. A “limpeza” começou pelo entorno do novo terminal de passageiros do transporte coletivo, na região central, com apoio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana. Uma grande quantidade de fios em desuso já foi removida, e o planejamento prevê a expansão do trabalho para outras áreas da cidade.
A iniciativa merece aplausos, pois ataca parte do problema, mas é necessário avançar. É fundamental criar mecanismos práticos que impeçam a reincidência dessa situação. O principal deles seria obrigar as empresas a retirar imediatamente qualquer cabo que entre em desuso e aplicar multas pesadas em caso de descumprimento — afinal, vidas humanas estão em risco.
Em resumo, não basta apenas remover os fios abandonados: é preciso garantir que novos cabos inutilizados não voltem a ocupar nossos postes e comprometer o cenário urbano.
Fonte: Da Redação

