O Brasil é um país independente?

Nessa data (7 de setembro) pelo país inteiro comemora-se a nossa “independência”. Mas… somos mesmo um país independente? No conceito de socialistas históricos “o Brasil nunca esteve tão próximo de se transformar uma colônia quanto no presente. E isto, segundo eles, em decorrência das políticas aplicadas nos dois governos anteriores que regeram os destinos do país.
Já na opinião de Flávio Arns, vice governador do Paraná, (PSDB) “vivemos em um país independente mas impõe-se ampliar essa independência nas áreas social e econômica”.
Na verdade, do ponto de vista da soberania, não resta a menor dúvida de que vivemos em um país politicamente independente, uma herança.,aliás legada por aqueles que foram os responsáveis pela nossa colonização, ao longo do tempo, com a indiscutível e incontestável influência de setores diversos da sociedade, com destaque entre eles da maçonaria que teve seu peso histórico nos acontecimentos de 7 de setembro de 1822.
Assim, não obstante haja quem pense o contrário, quanto á nossa independência política, como nação livre e senhora dos seus destinos não resta a menor dúvida de que habitamos em um país verdadeiramente independente.
Os que não comungam com essa realidade são aqueles que não distinguem entre soberania e dependência tecnológica e industrial… Como país emergente não obstante seu avançado estado de desenvolvimento, há que se admitir que o Brasil ainda tem algo a dever aos países mais avançados do primeiro mundo, tais como Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Japão. Isso, no entanto, nada tem a ver com independência política, com subserviência a qualquer potência estrangeira, como alguns partidos políticos sem expressão pretendem impor à consciência brasileira.
O nosso desenvolvimento do ponto de vista tecnológico caminha a passos largos para alcançar a sua total independência. Basta lembrarmos que somos detentores do maior potencial em termos energéticos, principalmente detentores que somos da maior reserva petrolífera do mundo –o nosso pré-sal…
A nossa biodiversidade é impar no contexto mundial. Quanto ao nosso potencia de água doce, basta recordarmos que correm em território brasileiro o mais extenso e mais caudaloso rio do mundo – o Amazonas, com sua extensa e incomensurável bacia hidrográfica; isso sem falar do “velho Chico” o nosso “S. Francisco” e sem esquecer o nosso Pantanal, mato-grossenses que somos.
Quanto aos recursos minerais, responsáveis por insumos básicos ao desenvolvimento industrial, basta lembrar de “Carajás” , a maior extração e reserva de minério de ferro do mundo. O carvão mineral é outra fonte inesgotável, praticamente ainda virgem.
Do ponto de vista político, entretanto, carece ao Brasil um sistema que coloque os interesses e desejos da maioria do povo brasileiro no centro do poder. O Brasil ainda carece da verdadeira democracia no verdadeiro sentido etimológico da palavra de origem grega (demo=povo e kracia=governo) ou seja, um governo que emana do povo e governa para o povo.
Carece o Brasil de um sistema político em que, efetivamente esse conceito democrático seja exercido em sua plenitude. Nesse aspecto o padrão que rege a política brasileira é totalmente refém de uma classe de cidadãos que se apoderam do poder, com o voto do povo, poder este de que se consideram donos, quais senhores feudais e que visam apenas o próprio benefício. Praticam, na verdade, uma falsa democracia, pois que, uma vez ungidos pelo voto popular, outorgam-se o direito de fazer o que bem entendem, inclusive legislar em causa própria, tendo presente apenas os seus próprios interesses, muitas vezes escusos
Para se manter no poder ad-eternum se aliam à uma falsa mídia e concedem a si mesmos e a suas famílias a maioria dos meios de comunicação de massa da nação, e assim fazem uma verdadeira festa particular com os recursos do tesouro nacional, dinheiro aliás nosso – do povo brasileiro – pois que fruto do nosso trabalho e que nos é, por vezes extorquido por impostos que eles – os políticos com P minúsculo, nos impõem. Destaque-se, no entanto, que existem honrosas, embora poucas exceções dignas de elogios.
Falta ao Brasil para ser totalmente independente uma reforma política e administrativa em que nós, POVO, sejamos efetivamente valorizados e possamos efetivamente exercer o nosso direito democrático.
da redação J. V. Rodrigues