Professores do município debatem educação infantil com especialista

O auditório da Unic, na Rua Arnaldo Estevan, ficou lotado de professores na manhã desta quarta-feira (3) para o primeiro encontro de um ciclo de cinco debates e palestras até o fim do ano sobre a educação infantil, promovido pela Secretaria de Educação do Município. Especialista e doutora em formação no setor, Fúlvia Rosemberg, da PUC–SP foi a convidada para falar sobre ‘As políticas educacionais para a infância: um desafio permanente’.
A abertura do evento contou com a presença da secretária de Educação do Município, Ana Carla Muniz, que ressaltou a importância de mais uma parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso–UFMT, grande responsável pela formação de docentes na cidade, junto a anfitriã Unic.
“A UFMT tem uma importância muito grande nas políticas de educação no município. Não só neste evento como em outros. Os professores de nossa rede nos cobram e nós entendemos a necessidade da formação continuada para a educação infantil”, discursou Ana Carla.
Ao falar sobre o desenvolvimento de uma prática pedagógica específica para os anos iniciais, sobretudo de 4 e 5 anos, a secretária ressaltou ser importante desmistificar o real papel do professor na formação deste aluno. “Não tem de ser a tia, a babá. Não temos só de cuidar, mas de educar. É nesta fase que se forma o caráter de uma pessoa. No entanto, é importante que fique claro: O professor não pode cumprir os deveres e fazer o papel do pai e da mãe”, lembrou.
A demanda reprimida e a rede física inadequada também foram assumidas pela secretária quanto a educação infantil. A gestora explicou que devido ao atraso da conclusão de algumas obras na última gestão (13 unidades) a nova administração não pode requisitar no Ministério da Educação o pedido de mais escolas, até que estas pendências sejam resolvidas pelo município.
A professora Fúlvia começou sua palestra, que foi dividida em dois grupos diferentes (matutino e vespertino) de docentes, falando sobre a Emenda Constitucional 59/2009, que talvez seja a precursora do debate sobre a educação infantil ter se tornado mais urgente. O texto estabelece, dentre outras coisas, a obrigatoriedade dos pais matricularem seus filhos a partir dos quatro anos. Atualmente, esta faixa é imprescindível e referente ao ensino fundamental, dos seis aos14. A implantação total da medida, que faz parte do Plano Nacional de Educação, tem de ocorrer até 2016.
Depois de Fúlvia, virá a Rondonópolis no dia 7 de agosto a doutora Ordália Almeida para falar com docentes acerca das “diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil e a prática docente: articulação necessária”. Depois de Ordália, será a vez da professora Elisandra Godoy abordar as “reflexões sobre a avaliação na Educação Infantil”, em encontro marcado para o dia 4 de setembro. O doutor Vital Didonet, em 4 de outubro, fecha o ciclo de palestras com as “pedagogias para a infância”. Após todas as formações, será montado um grande debate local para o fechamento das atividades.