EDUCAÇÃO

Professores do Sistema Prisional recebem formação

Professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos (EJA) no sistema prisional do município, participam da Primeira Semana Pedagógica da Educação, em Prisões de Rondonópolis. Entre 17 e 20 de fevereiro, os profissionais que atuam nesta área participam de uma qualificação e formação continuada. Entre os objetivos está a consolidação das diretrizes para a Educação nas prisões. Pela primeira vez a Secretaria Municipal de Educação oferece apoio efetivo, aos professores que atuam na cadeia pública e Mata Grande, afirma a agente prisional e pedagoga Creuza Rosa Ribeiro, que trabalha com o EJA em Rondonópolis.
Um dos palestrantes, Doutor Raymundo Vasconcellos Dias, detém um longo currículo: advogado, administrador, agente orientador prisional, com especialização em gestão pública, segurança pública e gerenciamento de crise, atualmente ocupa o cargo de diretor da Penitenciária Regional da Mata Grande. Em sua palestra sobre a “Função Humanizadora da Educação no Sistema Prisional,” fala da educação como único meio de remodelar o caráter e as atitudes daqueles que em algum momento descumpriram as regras, o que fica caracterizado perante a sociedade como o crime. “O detento perde a liberdade, não a dignidade. Em alguns anos cumpre sua pena e retorna à sociedade. Senão pela educação, por meio da escolarização, como será possível que não cometa os mesmos crimes?” Indaga Raymundo Dias.
Outras palestras fazem parte da programação do evento:
A contribuição da Religião para EJA no Sistema Prisional – Pastor Eli, Assembléia de Deus;
Educação como Prática de Inclusão – Professor Doutor Ademar Carvalho;
O Papel Social da Educação no Sistema Prisional – Mj PM Airton Siqueira Júnior – SEJUSP;
Concepções e Princípios da EJA – Professora Carmem Lúcia Giuntini;
“Didáticas da EJA: teorias e práticas pedagógicas, observações, registros e métodos avaliativos” – Professora Mestre Genialda Nogueira (SEMEC);
Uma oficina trata do “Reconhecer no aluno do EJA, do sistema prisional um cidadão com plenos direitos ao saber” Conduzida pelas mediadoras professoras Creuza R. Ribeiro, Carmem Lúcia Giuntini, Rose Clélia da Silva Felício.
Cerca de 200 alunos freqüentam as salas de aula da EJA no sistema prisional, nas Escolas Nova Chance e Princesa Isabel. A cada 20 horas em sala de aula o ressocializando reduz em um dia sua pena. Hoje 1% dos 11.000, alunos que já passaram pelo EJA em sistema prisional estão cursando o ensino superior.

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