ECONOMIA

Salários atrasados no Rio ficam quase normalizados; Em Mato Grosso está tudo quitado

Após quase dois anos de salários atrasados, os servidores do Rio de Janeiro estão com os pagamentos quase normalizados. Desde dezembro eles já recebem integralmente, mas a data de pagamento mudou: deixou de ser o quinto dia útil e passou a ser o décimo. Um dos Estados mais impactados com a crise, o Rio foi autorizado no ano passado a obter um empréstimo de R$ 2,9 bilhões para pagar o funcionalismo, que tinha salários atrasados ou parcelados desde 2015. Também foi quitado o 13º de 2016. O governo, contudo, não pagou juros sobre os valores postos em dia. Servidores organizados em torno do Muspe (Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais) moveram ação na Justiça cobrando pelo menos 12% de juros sobre o 13º atrasado, equivalentes a 1% ao mês. O abono natalino de 2017 foi liberado para aqueles que recebiam até R$ 3.400. Mas cerca de 130 mil servidores ainda não receberam. A última vez que o governo tinha conseguido pagar toda a folha no dia prometido foi em outubro de 2016. Desde 2015, o pagamento é irregular. Os servidores não recebem o salário em dia e enfrentam toda a sorte de dificuldades financeiras para tocarem a vida com normalidade. Aposentados, pensionistas e servidores da saúde, que estão entre os que recebem os menores salários, foram os mais atingidos.
SOLIDARIEDADE
Com uma aposentadoria líquida de R$ 680, a auxiliar de enfermagem aposentada Mariá Casa Nova, 67, diz não receber o suficiente para pagar aluguel, luz, telefone e remédios –do coração, para ela, e contra o Alzheimer, para o marido–, que são distribuídos gratuitamente na rede estadual, mas cuja falta se tornou rotina durante a crise. Seu gasto fixo mensal é de R$ 922, diz a aposentada. Com a conta telefônica atrasada, seu celular está impedido de fazer chamadas. A renda familiar é complementada pela aposentadoria do marido e também com os bicos que passou a fazer. Mariá vende comida na rua, em Niterói, região metropolitana do Rio, e contou com a solidariedade de amigos para tocar o dia a dia. Como seu caso se tornou conhecido, recebeu ajuda até de estranhos. Um homem do interior de São Paulo quitou-lhe dois meses de aluguel.
E um servidor do Corpo de Bombeiros comprou-lhe a ceia de Natal deste ano, com bacalhau, peru e azeite.
EM MATO GROSSO
Atrasos de salários são constantes em vários estados da federação, em Mato Grosso, os atrasos de salários ocorrem em proporções bem menores, a exemplo de alguns dias. O governo do estado, cumprindo com seus compromissos pagou a Revisão Geral Anual a famosa RGA, num escalonamento acompanhado dentro de um consenso pelo Fórum Sindical de Mato Grosso conduzido por seu presidente Oscarlino Alves que ressaltou; “Acredito nos compromissos assumidos pelo governo do estado diante de tudo que nos foi apresentado, queremos mostrar ao governo que o servidor público é amigo e parceiro da população.” Disse Oscarlino.

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