POLÍTICA

Salário para as mulheres em Mato Grosso sobe 61,8% em 10 anos; média foi de 43%

A remuneração média paga aos trabalhadores mato-grossenses cresceu 43,06% em 10 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, a desigualdade de salário entre os homens e as mulheres ainda é constatado no Estado, apesar do incremento de 61,8% no rendimento médio feminino.
Conforme a Síntese de Indicadores Sociais (SIS), divulgada pelo IBGE na última semana, a remuneração média dos trabalhadores em Mato Grosso em 2004 era de R$ 1.298. Em 10 anos subiu 43,06% atingindo R$ 1.857 em 2014.
Já o salário médio dos homens saltou de R$ 1.496 para R$ 2.058, um incremento de 37,5%. No caso das mulheres de R$ 948 para R$ 1.534, ou seja, aumento de 61,8%.
Segundo especialistas na área econômica, diversos fatores contribuíram para o desempenho positivo do salário em Mato Grosso. Além o aumento do volume de carteiras assinadas, o crescimento econômico do Estado foi um grande contribuidor para tal resultado, uma vez que em 10 anos Mato Grosso tornou-se líder em produção agrícola, vindo a impulsionar as demais cadeias econômicas, como comércio, serviços e indústria.
Brasil
A remuneração média brasileira, conforme o IBGE, saltou de R$ 1.197 para R$ 1.725. No caso dos homens de R$ 1.362 para R$ 1.935 e das mulheres de R$ 946 para R$ 1.436.
Venda de veículos cai 33,7% em novembro, informa Fenabrave
DO AUTO ESPORTE
A venda de veículos caiu 33,74% em novembro, sobre o mesmo mês de 2014, segundo dados divulgados nesta terça-feira (1) pela associação das concessionárias (Fenabrave). Na comparação com outubro, no entanto, houve leve reação: aumento de 1,59%. Foram emplacados 195.212 carros, comerciais leves, ônibus e caminhões em novembro, contra 192.151 unidades no mês anterior.
Foi a 3ª alta registrada no ano, na comparação com o mês imediatamente anterior. Entre julho e junho, os emplacamentos tiveram avanço de 7%. Já em março, houve um salto de 26%, na comparação com fevereiro, que tem menos dias úteis e feriado prolongado no carnaval.
Ainda assim, entre janeiro e novembro, o setor acumula queda de 25,15% em relação ao mesmo período do ano passado, com 2,34 milhões de unidades vendidas ontra 3,12 milhões em 2014.
Por isto, a Fenabrave segue pessimista. "A volatilidade do mercado continua baixa, e não identificamos uma tendência diferente da que já temos observado nos últimos meses", afirmou, em nota, o presidente Alarico Assumpção.
O Chevrolet Onix passou o Fiat Palio como o carro mais vendido no ano. A diferença é de apenas 1,3 mil unidades, segundo a Fenabrave, mas dá a chance de que este seja o segundo ano seguido com um novo campeão de vendas, depois de 27 anos de supremacia do Volkswagen Gol, desbancado pelo Palio no ano passado.

Previsão para 2016

A Fenabrave divulgou no último dia 17 as primeiras previsões de vendas de veículos para 2016. Tomando como base a projeção de queda de 26,5% em 2015, a entidade estima que, no ano que vem, o mercado de automóveis e comerciais leves sofrerá nova queda, mas de 5,2%.
Com a projeção, as vendas passariam de 2,44 milhões de unidades previstas para este ano para 2,32 milhões de veículos. Caso o número seja alcançado, o mercado brasileiro voltaria a índices parecidos com os registrados em 2007. Na época, o país emplacou 2,34 milhões de automóveis e comerciais leves.

Taxa de desemprego deve atingir 10% em 2016
A retração do mercado de trabalho pode ser explicada pela recessão de 2015
DO ISTO É DINHEIRO
O efeito mais perverso da crise econômica deve rondar o Brasil pelos próximos anos. A piora do mercado de trabalho vai se acentuar e empurrar a taxa de desemprego para mais de 10% no ano que vem.
Diferentes indicadores já apontam uma forte deterioração do mercado de trabalho. De abrangência nacional, o desemprego medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua caminha para superar os 10% no primeiro trimestre do ano que vem.
"Na nossa avaliação, a Pnad Contínua fecha este ano próximo de 9% e chega aos dois dígitos no primeiro trimestre de 2016, quando haverá o fim das contratações de trabalhadores temporários e uma continuidade das demissões", afirma Tiago Cabral Barreira, pesquisador em economia do trabalho do Ibre/FGV.
No trimestre encerrado em agosto, o desemprego apurado pela pesquisa foi de 8,7%, o maior patamar da série histórica iniciada em 2012. O contingente de desocupados chegou a 8,8 milhões de pessoas, um aumento de 2 milhões – o equivalente à população de Manaus – na comparação com o mesmo período do ano passado. "O mercado de trabalho vai piorar bastante ainda. O desemprego na Pnad Contínua deve chegar a 12% até o fim do primeiro semestre do ano que vem", diz Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.
Pela Pesquisa Mensal de Emprego (PME), cujo levamento engloba as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife, a piora no mercado de trabalho também fica evidente. Em setembro, a desocupação chegou a 7,6%, o pior resultado para o mês desde 2009. Eram 1,9 milhão de desempregados, 670 mil pessoas a mais do que no mesmo mês de 2014.
"Na nossa avaliação, o desemprego medido pela PME deverá chegar a 10% no fim do ano que vem", diz Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria. A última vez que a desocupação superou os dois dígitos na pesquisa foi em maio de 2007.
A retração do mercado de trabalho pode ser explicada pela recessão de 2015, a mais intensa desde 1990, e a perspectiva de uma nova queda da atividade econômica no ano que vem. Como resultado, grandes setores empregadores, como a construção civil e a indústria de transformação, passaram a demitir num ritmo intenso, e as atividades que ainda mostravam um certo vigor dão sinais de fraqueza.
"Já havia um desempenho modesto da atividade econômica há algum tempo, mas isso demorou a aparecer no mercado de trabalho, pois havia uma certa resiliência do setor de serviços", afirma Fabio Romão, economista da LCA.
Com a piora da economia, a taxa de desocupação deve demorar para arrefecer. O cenário de pleno emprego – que marcou o início da década – não deverá se repetir nos próximos anos e a expectativa é de que os números permaneçam num patamar alto. Este cenário explica a formação de grandes filas de desempregados como as observadas na semana passada em São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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