Silval pagou R$ 2 milhões para ter contas de Governo aprovadas, conta Eder –

Em um depoimento ao Ministério Público Estadual-MPE- no ano passado, o secretário de Governo, Eder Moraes Dias, revelou como funciona o esquema de aprovações de contas do Executivo.
Eder foi interrogado pelos promotores de Justiça Roberto Turim e atual secretário de Segurança, Mauro Zaque.
O Ex – secretário de Fazenda, afirmou que o ex-governador Silval Barbosa (PMDB), autorizou o pagamento de R$ 2 milhões ao ex-deputado estadual Adalto de Freitas (SD) – o Daltinho, que no momento, ocupava a vaga do ex- deputado Maksuês Leite, e assim garantiu a aprovação das contas do Governo do Estado, por que ele [Daltinho] era o relator das contas do governo e era filiado ao PMDB.
Daltinho chegou a procurar Silval para exigir o pagamento, pois teria que repassar dinheiro aos demais colegas.
“Ele foi primeiro para o Silval, porque ele era do PMDB, e disse que não aprovaria as contas se não tivesse esse recurso para fazer a distribuição. Eu tenho as contas relacionadas que ele me passou para fazer o depósito. Ele recebeu o dinheiro e fez o depósito dessas contas”, disse Eder
“O deputado Daltinho estava substituindo o deputado Maksuês, para aprovar as contas de governo em um determinado ano… em 2010… Tem que ver essas datas corretamente, mas foram feitos compromissos. Ele exigiu naquela época R$ 2 milhões para aprovar as contas de governo, porque veio, naquela época, do Tribunal de Contas do Estado, meio quadrada a bola. Mas a Assembleia é que aprovava as contas lá no final. Ele pediu pra mim, dentro da Sefaz , pra ele e para os colegas ele foi primeiro no Silval , e que não aprovaria esse recurso pra fazer estas distribuições”, disse Eder.
“Eu tenho as contas relacionadas, que ele fez os depósitos, ele recebeu dinheiro e fez os repasses. foram pra fornecedores, combatíveis de aviões, fornecedores”.
Ararath
Eder Moraes é um dos principais foco das investigações no esquema de lavagem de dinheiro e crime financeiro, juntamente com empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, dono das empresas Globo Fomento Mercantil e Comercial Amazônia de Petróleo Ltda, também era operador do esquema, segundo a Polícia Federal.
O processo é um dos que foram abertos na Justiça Federal por conta das investigações da operação Ararath. Além de Éder Moraes, são réus no processo a esposa do ex-secretário, Laura Tereza da Costa Dias, o ex-secretário-adjunto do Tesouro estadual, Vivaldo Lopes, e o superintendente regional do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol.
24horasnews