EDITORIAL

Sem perder o rumo

É preciso analisar que a cidade de Rondonópolis necessita rever suas estratégias para atrair novas empresas e criar um cenário mais propício para grandes negócios, sob o risco de estagnar no tempo em relação aos investimentos da iniciativa privada.

Está muito claro que a expansão dos trilhos da ferrovia para as regiões centro e centro-norte do Estado será, em breve, uma realidade. Com isso, o atual terminal ferroviário da cidade tende a perder parte do tamanho e da importância que possui hoje.

No passado, por exemplo, houve uma tentativa — que não prosperou — de transformar a cidade em um polo têxtil. A ideia era criar um sistema de desenvolvimento para esse tipo de indústria e transformar Rondonópolis em uma referência nacional na produção de tecidos, principalmente o jeans.

O projeto, infelizmente, não avançou por dois motivos. O primeiro foi a incapacidade dos investimentos feitos na cidade de competir com o mercado chinês, que já dominava — e continua dominando — esse setor. A competitividade do produto “made in Rondonópolis” não se mostrou suficiente.

Por outro lado, a política de incentivos fiscais, embora necessária, também contribuiu para esse cenário. Com o mercado chinês em alta, os incentivos eram uma tentativa de equilibrar a concorrência. No entanto, o volume de benefícios concedidos não trouxe o retorno esperado para que o produto local competisse de igual para igual com os produtos chineses.

Agora, cabe ao atual gestor ser criativo e buscar um novo produto que possa ser fabricado aqui, tenha mercado interno e externo, e possa ser vendido a preços competitivos, possibilitando a criação de um verdadeiro polo de desenvolvimento.

Pela característica da nossa produção, não há dúvida de que esse novo polo precisa estar ligado à agroindústria. Mas é necessário realizar um trabalho robusto de pesquisa, avaliando a produção local e as demandas de mercado, para identificar um setor que possa atender a essa demanda e, ao mesmo tempo, gerar empregos e renda para a cidade.

Vale ressaltar que não podemos errar neste momento crucial. Rondonópolis precisa dessa solução com certa urgência, sob o risco de perder sua pujança e liderança econômica regional para cidades como Campo Verde ou Primavera do Leste.

Nossos gestores terão que ser cirúrgicos nas decisões. Um erro agora compromete não apenas a geração atual, mas também as futuras.

Portanto, o momento é de muito estudo e pesquisa para que não percamos o rumo da história.

Fonte: Da Redação

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