POLÍTICA

Gabriel Monteiro (PL), investigado por estupro, é cassado pela Câmara do RJ

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro cassou hoje o mandato do ex-PM Gabriel Monteiro (PL). Monteiro perde seu mandato após uma série de denúncias de estupro e assédio moral e sexual. O pedido feito pelo Conselho de Ética da casa. Foram 48 votos a favor da cassação e dois contra —sendo um deles o do próprio Monteiro.

O único a votar junto com ele foi o vereador Chagas Bola (União), suplente do ex-vereador Dr. Rogerio Amorim. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) não votou porque está de licença.

Gabriel ouviu o resultado sozinho, como esteve em quase toda a sessão. Quando faltavam cerca de cinco votos para os 34 necessários, a galeria contrária a Monteiro começou uma contagem regressiva, que explodiu quando o marcador chegou ao número.

Sem falar nada, Gabriel Monteiro saiu do plenário nesse momento. Os vereadores de centro-direita e direita foram os últimos a votar. Eles se abstiveram até a votação atingir o mínimo necessário. Depois, a votação correu rápido até chegar aos 48.

Monteiro não terá sua candidatura a deputado federal anulada automaticamente e pode continuar com a campanha. O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, espera que ele seja um "puxador de votos" no estado do Rio.

CRIMES
No pedido de cassação, o vereador Chico Alencar (PSOL), relator do processo no Conselho de Ética, afirmou que Monteiro praticou "atos incompatíveis com o decoro parlamentar", como gravar e armazenar imagens íntimas de uma adolescente de 15 anos.

Em resumo, as condutas de Gabriel Monteiro que ferem a ética, de acordo com Alencar, são:

  • Filmagem e armazenamento de vídeo em que o mesmo pratica sexo com adolescente;
  • Exposição vexatória de crianças, por meio da divulgação de vídeos manipulados;
  • Exposição vexatória, abuso e violência física contra pessoa em situação de rua;
  • Assédio moral e sexual contra assessores do mandato;
  • Perseguição a vereadores com a finalidade de retaliação ou promoção pessoal;
  • Uso de servidores de seu gabinete parlamentar para a atuação em sua empresa privada;
  • Denúncias contundentes de estupro por quatro mulheres que relatam o mesmo modus operandi.

O relatório afirma que Monteiro usava seu mandato para obedecer a uma lógica própria, "dependente do tipo de atuação exibicionista e sensacionalista adotada por ele".

 

Da Redação (com informaçõe do UOL)

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