Eleitores de Lula e Bolsonaro usaram cores da campanha para votar em Rondonópolis

O clima neste domingo de eleição em Rondonópolis é de tranquilidade. Conforme o balanço parcial divulgado pela Justiça Eleitoral, apenas uma pessoa foi presa, não houve derramamento de santinhos e tudo transcorre dentro da normalidade. Entre os eleitores o clima é de expectativa e a novidade foi uma mudança no que diz respeito ao contraste das cores que marcaram esta eleição.
A cidade tem o segundo maior colégio eleitoral do Estado e registrou no primeiro turno uma vitória folgada de Jair Bolsonaro sobre Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu no âmbito nacional.
Mas, diferente do que ocorreu na primeira etapa da disputa, hoje as seções eleitorais pareciam ter um equilíbrio maior entre os eleitores com as cores amarela, de Bolsonaro, e os que foram votar com roupas vermelhas ou com símbolo do PT – do candidato Lula.
A reportagem visitou várias seções eleitorais e conversou com alguns eleitores. Um deles, bolsonarista, pediu para não ser identificado. Ele é empresário e teme que a exposição política possa atrapalhar os negócios.
“Tenho clientes dos dois lados e preferi não me expor para evitar problemas, até porque o nível desta campanha está muito baixo. Voto no Bolsonaro, mas não sou fanático. É uma questão de identificação com a política econômica do Paulo Guedes”, afirmou.
Já os eleitores de Lula, que no primeiro turno pareciam menos dispostos a se expor, mudaram de atitude. Muitos foram votar com camisetas do candidato e não se intimidaram na defesa do petista.
Luzeni Conrado de Melo, 54 anos, mora no Jardim Lourdes e votou na escola Adolfo Augusto de Moraes. Ela foi acompanhada da filha e do genro, que também usavam camisetas com alusão ao candidato do PT, mas nas cores verde e amarela.
“Espero que o Brasil volte a ser feliz. Luiz Inácio Lula da Silva é a salvação do Brasil. Estou muito feliz e espero que minha felicidade seja ainda maior hoje as oito da noite”, disse ela referindo-se ao horário em que deve ser concluída a apuração dos votos.
Lúcio Humberto Barros, 55 anos, mora na Cohab Velha e disse que foi votar mais cedo para não enfrentar filas. Ele preferiu não usar as cores identificadas com os candidatos, mas também manifestou preferência por Lula.
“Eu não gosto de arma e sou religioso, não posso votar num camarada que defende a violência. O Lula não usa arma e promete ajudar os pobres, como ensina a bíblia", afirmou.
Eduardo Ramos – Da Redação