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sexta-feira, maio 3, 2024

Sob risco de “vexame”, MT contrata R$ 1,5 bi para a Copa e compromete investimentos futuros

O secretário Extraordinário da Copa do Mundo, Maurício Guimarães, garante: todas as obras constante da matriz de responsabilidade assinada pelo Governo de Mato Grosso com a Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa) estarão prontas a tempo. Sustenta que a hipótese de um “vexame nacional” por não dar conta de concluir as obras está descartada. Mas tem que agir. Afinal, o Estado está gastando R$ 1,5 bilhão, para fazer a Copa. Valor que representa o comprometimento de investimentos em nome de um legado que se apresenta, por hora, duvidoso
De acordo com o relatório do TCE, nos primeiros seis anos a partir de março de 2014 – fim do período de carência dos contratos de financiamento, o valor anual dos pagamentos para quitação desses empréstimos corresponde a aproximadamente 79% do total do investimento em obras e instalações, ou seja, de aplicações diretas. São esses pagamentos que podem comprometer investimentos futuros
“É grave. Existe, sim, o risco de algumas obras não ficarem prontas no prazo determinado. Por isso, é preciso que o governo adote algumas medidas para evitar atrasos que venham atrapalhar a realização da Copa, que tem data certa para acontecer, julho de 2014” – pondera o conselheiro Antônio Joaquim, relator das contas da Secopa.
Das 24 obras programadas pela Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 Das 24 obras medidas analisadas neste relatório, somente duas não
apresentaram atrasos. Porém, cinco estão com atrasos inferior a 30 dias, sete apresentaram atrasos entre 30 e 60 dias, três apresentaram atraso entre 60 e 90 dias e sete apresentaram atrasos superiores a 120 dias. Além das trincheiras da Miguel Sutil, chama a atenção o atraso na duplicação da Estrada da Guarita, em Várzea Grande.
Diante dos inúmeros prazos vencidos, a partir de agora, a equipe da secretaria de Controle Externo do TCE-MT fará um novo relatório a cada 45 dias. “Neste primeiro relatório, analisamos o andamento das obras até o fim do ano passado. Já o próximo, será pautado na evolução das obras executadas neste ano”, disse o conselheiro Antonio Joaquim.
Além disso, o TCE encontrou irregularidades na forma de pagamento por parte do governo, que pagou, antecipadamente, R$ 35 milhões ao consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior, por estruturas metálicas, que ainda não foram adquiridas.
Maurício Guimarães não se alarma diante do relatório apresentado pela auditoria do TCE, que aponta somente 10,81% dos contratos executados até o momento, faltando pouco mais de um ano para a competição. Guimarães admite atrasos sim. No jogo dos números, diz que são bem menores que o percentual cravado.
De sua parte, não cita percentual ou número; preferiu tratar de questões com pontualidade, como o caso das trincheiras da Miguel Sutil, todas longe de serem concluídas – o que remete a conclusão de que o sacrifício imposto a população vai se estender por um longo prazo.

Fonte: 24 Horas News da capit

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