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Mato Grosso é o 13º Estado com mais católicos no Brasil

O novo mapa das religiões elaborado pela Fundação Getúlio Vargas aponta que 70.63% dos mato-grossenses são católicos, 13º com maior número de fiéis, entre os 27 Estados. Piauí lidera tendo 87,93% da população como católicos.
Em Mato Grosso, a pesquisa aponta 14.95% evangélica pentecostal e 6.38% são adeptos de outras religiões evangélicas. Pelo menos 5,42% diz que não tem religião, deixando Mato Grosso em 16º na relação dos Estados com maior percentual de pessoas sem vínculo religioso.

Na mesma pesquisa foram identificados também 0,77% dos mato-grossenses como espiritualistas; 0,28% relacionado a religiões orientais ou asiáticas; 0,03% como afro-brasileira e, 1,23% em outras religiões.

Na análise apenas de capitais, Cuiabá tem 68,66% da população católica; 13.04% como evangélica pentecostal; outros 7.68% como sem religião; 7,03% ligados a outros religiões evangélicas. A capital também registra religiões como espírita (1,56%); afro-brasileira (0,17%); ocidentais (0,55%) e, em outras não especificadas (1,24%).

O levantamento foi feito com base em microdados apurados em 2009 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostra ainda que atualmente o percentual de mulheres católicas no Brasil (71,3%) é inferior ao de homens (75,3%).

O mapa aponta também que, no país, o catolicismo está presente principalmente nos níveis mais extremos da classe econômica, sendo entre os mais ricos, da classe AB (69,07%), e entre os mais pobres, da classe E (72,76%).

Entre as outras religiões, os evangélicos tradicionais estão concentrados, principalmente, nas classes AB (8,35%) e C (8,72%), reduzindo a participação nas classes mais baixas, chegando a representar 4,69% da E.

Seitas espíritas e espiritualistas representam 5,52% da população na classe AB. Entre as faixas de renda, a classe E foi a que se mostrou como a menos religiosa de todas (7,72% não têm religião).

A pesquisa mostra que atualmente o percentual de mulheres católicas (71,3%) é menor do que o de homens (75,3%). “Acima de tudo, acho que seja a chamada revolução feminina. Poucas coisas mudaram mais no cotidiano das pessoas do que questões como trabalho e anticoncepção entre as mulheres. O fato é que, embora as mulheres sejam bem mais religiosas do que os homens, elas são menos católicas, talvez por uma questão de afinidade”, disse Neri.

O Novo Mapa das Religiões revela que o sexo feminino representa a maioria entre adeptos de 23 das 25 religiões listadas como as mais populares pela pesquisa, como a católica, a evangélica pentecostal, a evangélica tradicional, a espírita kardecista, a luterana e a umbanda. Segundo o documento, enquanto os homens abandonaram crenças, elas mudaram de religião. “O catolicismo, o candomblé e o budismo são religiões masculinas. Todas as outras são basicamente femininas”, acrescentou o coordenador.

A pesquisa da FGV mostra que o Brasil vai de encontro à tese do sociólogo alemão Max Weber que associa a situação econômica à opção religiosa. “O Brasil talvez seja o grande contraexemplo dessa tese. Os países mais tradicionais europeus estão passando por grande dificuldade econômica e todos os maiores são essencialmente católicos. Já entre o Brics [Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul], o Brasil é o maior [em relação à economia e a adesão ao catolicismo]”, avaliou a pesquisa.

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