MT rico na agropecuária, mas povo faz fila na doação de osso

Para muitos o estado de Mato Grosso é a potencia do agronegócio, campeão da produção de soja, milho, algodão, gado. Mas será que a realidade é essa ou o nosso estado é marcado pelo contraste social, onde a fome e a riqueza estão presentes quase que na mesma intensidade.
Ao que tudo indica, vale à segunda alternativa, Mato Grosso se classifica no termo Belindia- temos em muitos casos números de países europeus como a Bélgica em contraste também à características de países de terceiro Mundo, como a Índia e por isso podemos ser chamados de Belindia.
Se de um lado somos líderes da produção, por outro lado, temos cenas de fome e miséria em nosso estado. Basta ver uma reportagem que saiu na mídia nacional, mostrando uma fila interminável de pessoas no CPA, um dos bairros mais populosos da capital, a espera de doação de ossos de um açougue que funciona no local.
A “fila do ossinho” como ficou conhecido o que ocorreu em Cuiabá é apenas um exemplo do que a fome chegou ao celeiro do Brasil. Esses ossos são nada mais do que restos do açougue que iriam para o lixo;
No entanto é importante lembrar que Mato Grosso que o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de Mato Grosso, chegou a R$ 191 bilhões, conforme dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O montante é superior ao obtido em todo o ano passado, que encerrou com R$ 149 bi.
O VBP mostra a evolução do desempenho das lavouras e da pecuária ao longo do ano, mês a mês e corresponde ao faturamento bruto dos produtos do setor.
O desempenho mato-grossense perpetua o estado na primeira posição em nível nacional, com 17,2% do VBP total. Em segundo lugar está o Paraná, com 13,2%, seguido por São Paulo (11,2%), Rio Grande do Sul (10,8%) e Minas Gerais (10%).
No entanto, os dados positivos da produção não conseguiu evitar que as pessoas se aglomerem na capital em busca de comida, ou seja, estamos vivendo um momento de estado rico com o povo pobre.