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domingo, maio 19, 2024

Taques confirma fim da Metamat e diz espera que Temer libere R$ 400 mi do Fex

A Metamat é uma das empresas a ser extinta pelo governador Pedro Taques (PSDB) durante a reforma administrativa que pretende apresentar à Assembleia Legislativa após as eleições. O próprio governador confirmou o nome da empresa durante um encontro com jornalistas em seu gabinete na manhã desta quinta-feira. Ele não quis citar as outras empresas estaduais e secretarias que podem ser extintas. “Não posso citar nomes para não provocar um alvoroço junto ao servidores”, justificou, enfatizando ainda que era o primeiro governador a estar conseguindo eleger sua base por duas vezes na Assembleia Legislativa. Entre outros assuntos destacou também que espera que o governo federal repasse os R$ 400 milhões do Fex para que o Estado possa resolver seus problemas financeiros.

O governador disse que a reforma administrativa será fundamental para que o Estado possa enxugar a máquina e ter recursos para o pagamento dos salários dos servidores, dos poderes e para realização de obras. “A Metamat eu posso falar que é uma das empresas que está no bojo da extinção. Tem outras, mas estas não podemos citar ainda”, desconversou.

“Decidi enviar após as eleições porque a reforma precisa ser debatida amplamente, com audiências públicas e debates em várias sessões. Neste período eleitoral, os deputados estão tendo sessões apenas nas quartas-feiras, então seria apreciada de afogadilho e não quero isso”, explicou. Segundo ele, a oposição faz apenas suposições eleitoreiras.

“Agora a oposição está gritando que vamos demitir servidores e tudo mais, visando as eleições. Eu não viso eleições, me preocupo com o povo mato-grossense e essas medidas são para isso. Em 2015, emitimos o decreto 02 que reduziu o custeio da maquina em 25%. E esse decreto, desta semana, vem para consolidar essas medidas. E a reforma irá concluir isso”, explicou Taques.

O governador, que no início da tarde embarca para Brasília, disse ainda que espera a ajuda do presidente Michel Temer (PMDB) para que Mato Grosso possa resolver seus problemas. Ele vai aguardar o retorno do presidente, que está na China, para um encontro onde vai solicitar a liberação dos R$ 450 milhões do Fex. Já hoje, em Brasília, ele tentará conseguir um recurso no valor de R$ 300 milhões numa ação judicial referente ao ano de 1996, quando Mato Grosso contraiu empréstimos com bancos estrangeiros.

Taques falou também do momento atual da política nacional, onde enfatizou que é contrário a decisão do Senado em não cassar os direitos políticos da agora ex-presidente Dilma Rousseff. Em sua avaliação com a cassação da presidência o direitos deveriam também ter sido cassados. No entanto, garantiu que durante este tempo de governo não teve problemas com a ex-presidente. “Sempre tratou bem Mato Grosso, o que podia liberar liberou”. Mas deu um cutucada na ex. “Já fui oito vezes nestes quatro meses de governo interino e conversei com o Michel. Em seis anos não tive estas conversar com Dilma”.

Para ele a efetivação de Temer como presidente provoca grande entusiasmo. Diz que a tendência e a perspectiva é que Mato Grosso tenha muitos ganhos políticos, já que vários ministros da atual gestão são seus amigos. “O José Serra, por exemplo, é meu amigo. Pode muito nos ajudar”, afirmou Taques.

ELEIÇÃO NA AL

Sobre a eleição na Assembleia Legislativa, onde perguntava a todo instante se já havia sido confirmada a vitória de Eduardo Botelho (PSB), Taques comparou a vitória de seu grupo político com a de seus antecessores.

“Você sabe quantos anos faz que um governador, um governo, um mandato de governador não tem o apoio da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa? Nunca um governador teve o seu grupo político duas vezes na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Nós tivemos! O nosso grupo elegeu Guilherme Maluf e hoje é capaz que eleja o Botelho, que é do nosso grupo político”, afirmou.

Ao comentar que na noite anterior jantou com seu grupo de aliados na Assembleia Legislativa para sacramentar a vitória de Eduardo Botelho, Taques aproveitou para dar o tom do encontro: “Dizem que o cara que menos sabe fazer política do estado sou eu, né? E ai o nosso grupo político fez as duas Mesas, né? O Dante [de Oliveira] fez? O [Blairo] Maggi fez? O Silval [Barbosa] fez?”, questionou.

Ao garantir a vitória na Assembleia Legislativa, ele lembrou que há muito tempo um governador não consegue eleger o prefeito de Cuiabá. Reconheceu que a missão não será fácil, mas diz que a vitória de Wilson Santos é a melhor para a Capital. Lembrou das obras que o tucano realizou enquanto prefeito da cidade e revelou que é o melhor preparado para a missão.

Fonte:24HorasNews.

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