Mecânico é atendido em stand e diz que se formalizar é bem mais fácil que pensava

Um dos primeiros a visitar o escritório de atendimento ambulante ao Microempreendedor Individual da Praça Brasil, na manhã desta segunda-feira (13), o mecânico de máquinas Itagiba Fidélis da Silva, de 69 anos, saiu feliz ao saber que ter um CNPJ é muito mais fácil do que ele pensava. Assim como Itagiba, todos aqueles que passarem pelo espaço público até o próximo dia 18 poderão acessar a cabine, onde 11 entidades, entre instituições financeiras, associações e esferas do Poder Público, se juntaram ao Sebrae para dar suporte a resoluções de assuntos relativos ao microempreendedor individual, com foco não só em quem já é, como também àqueles que almejam ser.
Itagiba contou que há 40 anos atua profissionalmente fechando empreitas com várias empresas para realizar serviços diversos. A prestação de trabalho lhe possibilitou um bom nível de mercado, mas a sua não formalização, porém, tem feito com que muitas portas venham se fechando para ele nos últimos tempos. “O pessoal só te contrata se você emitir nota fiscal, então não tem jeito. Eu fecho o serviço e tudo, mas quando eles perguntam sobre a minha empresa e digo que não tenho aí já trava tudo. Estou perdendo trabalho por isso”, testemunhou.
O mecânico que já está sendo acompanhado pelo Sebrae, onde está realizando inclusive um curso para iniciar seu negócio, foi atendido pela gerente do Departamento de Fomento a Micros, Pequenas e Médias Empresas do Município, do Gabinete de Desenvolvimento Econômico Municipal, Mariana de Almeida, que fará consultorias durante toda semana no espaço. Ela mostrou o passo a passo para que, em um prazo de menos de 20 dias, Itagiba já tenha o alvará e a liberação para iniciar suas atividades, totalmente formalizado.
“Inicialmente, ele (Itagiba) terá de nos trazer o IPTU do local onde pretende fixar o endereço da empresa, além de RG, CPF e título de eleitor para darmos entrada no processo. A partir daí, será emitido o documento de uso e ocupação do solo, que é basicamente um estudo que aponta se aquela atividade pleiteada pode ser exercida na região onde se pretende instalar a empresa. Como no caso dele é prestação de serviço, o endereço é somente necessário para o cadastro. Com esta liberação em mãos, o caminho é só autenticar este documento em cartório e já dar entrada no pedido de alvará,na Secretaria de Receita Municipal, para posteriormente já ter, via Centro de Apoio Empresarial – CAE, o novo CNPJ”, pontuou Mariana.
Prestes a ser o mais novo microempreendedor de Rondonópolis, Itagiba afirma que muitos prestadores de serviços, como ele, temem abrir uma empresa por falta de informações. “Muita gente acha que vai ter que pagar um absurdo de imposto, que não vai conseguir porque não tem dinheiro e que é muito demorado para tirar o CNPJ. Fui atendido aqui muito rápido, o pessoal explica certinho e valeu a pena vir atrás. O autônomo só tende a ganhar virando um microempreendedor. Os bancos abrem linhas de crédito para que possamos fazer investimentos para melhorar nosso negócio e eles também estão todos aqui para esclarecer. Tudo muito bom”, elogiou, referindo ao stand, que ficará à disposição da população das 8 às 17, até o próximo sábado.