ECONOMIA

Tecnologia disponível permite ampliação da produção mundial de biocombustíveis

A tecnologia já disponível é suficiente para que muitos países possam iniciar sua produção de etanol a partir de cana-de-açúcar. Esta é a posição do professor do Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá, Luiz Horta, que participou, nesta manhã, da terceira sessão plenária da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis, na capital paulistana.
“Já poderíamos ter acumulado benefícios globais em termos ambientais e econômicos se muitos países que têm condições, especialmente na América Latina, de produzir biocombustíveis já tivessem tomado iniciativa. Podemos citar apenas alguns, como Jamaica, Costa Rica e Colômbia que iniciaram esse processo; mas ainda são poucos”, ressaltou Horta acerca do debate em torno da inovação no setor de biocombustíveis.
O professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo e ex-ministro da Ciência e Tecnologia, José Goldemberg, reforça este pensamento. Para ele, é necessário não só desenvolver novas tecnologias, mas aprofundar e disseminar a que já existe. “Isso depende de mandato governamental para se fixar um percentual de biocombustível misturado ao combustível fóssil. Temos estudos apontando que a produção de biocombustíveis gera 60 vezes mais empregos que a utilização de combustíveis fósseis. Isso num momento de crise econômica é um fator muito importante”, completou Goldemberg.
A sessão teve como moderador o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Sílvio Crestana, e participação de especialistas do Banco Mundial (BID), institutos de pesquisa do Brasil, Estados Unidos e Sudão, além de representante da indústria automobilística. À tarde, o debate será focado no mercado internacional, regras comerciais e padrões sócio-ambientais dos biocombustíveis.
Portal do Agronegócio

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