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sábado, maio 4, 2024

Venda de máquinas em MT supera expectativa

A alta no preços das commodities agrícolas e a linha de crédito Finame, do Banco Nacional para Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), impulsionam as vendas de máquinas utilizadas na colheita da safra agrícola mato-grossense. A comercialização supera em 30% as projeções dos fabricantes e o mercado estadual se torna mais lucrativo que negócios feitos com países inteiros, como é o caso da Argentina.

A Case IH, empresa norte-americana com sede em Sorocaba (SP), montou um centro de distribuição de peças em Cuiabá para atender o mercado estadual. Segundo o gerente comercial, Dirceu Jacó Duranti, a demanda é grande e devido às longas distâncias e a deficiência logística em Mato Grosso, a fabricante possui não apenas uma loja, mas um centro de formação técnica e de peças.

Somente no mês de janeiro, a comercialização de equipamentos resultou no faturamento de R$ 5 milhões e a expectativa é alcançar os R$ 60 milhões até o fim do ano. "A partir do último trimestre de 2010 as vendas registraram uma recuperação muito boa e em dezembro vendemos 70 máquinas", afirma ao revelar que o Estado possui a maior frota no país e nesta safra serão 956 colheitadeiras da empresa espalhadas pelas lavouras de soja mato-grossenses. "O mercado local equivale, ou melhor, supera o que representa toda a Argentina para a empresa".

Na John Deere, as vendas estão 30% acima do planejado neste início de ano. O gerente Oséias do Carmo, explica que além dos bons preços no mercado internacional, os produtores estão aproveitando o Finame para a aquisição de máquinas. Em janeiro, a concessionária vendeu 15 máquinas, sendo que 80% foram adquiridas via financiamento. "Mato Grosso possui um mercado correspondente a 20% das vendas de colheitadeiras do país. Enquanto em estados como São Paulo o volume comercializado é superior, aqui o valor agregado é maior em consequência do porte das máquinas".

O produtor de soja de Primavera do Leste (a 231 km da Capital), Inácio Ruaro, investiu R$ 3,8 milhões na aquisição de 6 máquinas para a colheita, que está em fase inicial. Segundo ele, que planta 8 mil (ha), a compra está em fase final, aguardando a liberação do financiamento. "Estou esperando o Finame, que vale a pena porque as taxas de juros são menores do que as praticadas pelos bancos".

O gerente da Case IH afirma que um grupo importante em Mato Grosso adquiriu recentemente 15 unidades para a colheita em uma propriedade de 25 mil hectares. Segundo Dirceu Duranti, em todas as vendas realizadas pela empresa, uma equipe técnica acompanha a entrega das máquinas para realizar o treinamento dos operadores. Os cursos de capacitação são focados na utilização e manutenção. "Essas máquinas recém compradas são as maiores da América Latina, o modelo 8120, de 450 cavalos e com piloto automático.

Nesta transação, 38 pessoas foram treinadas para operar as colheitadeiras". O preço médio das máquinas varia de acordo com a tecnologia. Na John Deere, por exemplo, o gerente comercial Oséias Do Carmo informa que o valor é de R$ 110 mil. Na Case IH, os valores são mais elevados, com uma variação entre R$ 560 mil e R$ 850 mil.

Fonte: aPROSOJA (A Gazeta)

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