Vítima de acidente com moto relata recuperação difícil e dolorosa em Rondonópolis

Duas vezes por semana o jovem Gabriel Bohrer Oliveira, 24 anos, passa a tarde no Centro de Reabilitação Nilmo Júnior, em Rondonópolis. Com persistência, repete várias séries que visam restabelecer os movimentos nas pernas e pés. Entre um exercício e outro ele conversou conosco sobre o tratamento e o grave acidente que mudou a sua vida.
Gabriel é de Rondonópolis, onde as motos respondem por mais de 80% dos acidentes no trânsito. Mas o caso dele ocorreu em Florianópolis (SC), onde morava há cerca de dois anos. Lá trabalhava como cozinheiro e entregador, usando uma moto para os deslocamentos. O acidente ocorreu em uma rodovia. Um carro em alta velocidade bateu em sua moto, atingindo em cheio suas pernas. Ele não morreu por pouco, mas teve fraturas múltiplas – na tíbia, fíbula e também no quadril.
“Fiquei mais de um ano acamado, dependia dos outros até para tomar banho. Sentia dores e tinha medo de não conseguir andar mais. Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida”, diz ele.
O jovem passou por duas cirurgias em Santa Catarina e uma em Mato Grosso. Também decidiu voltar para Rondonópolis, onde estão os pais e o restante da família que o auxiliam na recuperação.
Foi informado da existência do Centro de Reabilitação Nilmo Júnior pelos profissionais de saúde e também pela avó e pela mãe – que já haviam feito tratamento no local.
“O atendimento é maravilhoso. A equipe é muito atenciosa e dá resultado. Cheguei aqui sem conseguir andar e hoje já nem uso muletas”, comemora.
Gabriel ainda se movimenta com um pouco de dificuldade, mas acredita que logo estará plenamente recuperado. Também já faz planos para a nova vida. Conseguiu uma vaga de estagiário numa imobiliária da cidade e hoje vê o trânsito de uma forma diferente.
“As motos são mais ágeis e econômicas, mas tem esse problema da segurança. Vendi a minha e só voltarei a ter outra se não houver opção”, afirma.
“Sofri muito, já perdi amigos em acidentes e todos os dias vejo casos parecidos acontecendo. Infelizmente há muita violência no trânsito e os motociclistas são as maiores vítimas”, constata.
Eduardo Ramos – Da Redação