POLÍTICA

Fachin é eleito presidente do STF e promete diálogo na Corte

O ministro Edson Fachin foi eleito, nesta quarta-feira (13), para assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) pelos próximos dois anos. A escolha, feita de forma simbólica pelo plenário, segue a tradição da Corte de eleger o vice-presidente para suceder o atual presidente. Com posse marcada para 29 de setembro, Fachin terá ao seu lado o ministro Alexandre de Moraes como vice-presidente.

A transição ocorre no encerramento do mandato de Luís Roberto Barroso, que recebeu elogios e palavras de gratidão de Fachin durante a sessão. Em discurso após a votação, o novo presidente destacou a importância de fortalecer a colegialidade e o diálogo interno, sinalizando que a gestão buscará consensos e equilíbrio. Para ele, a missão é mais do que um cargo: é um compromisso com a democracia e a estabilidade institucional do país.

Historicamente, o Supremo Tribunal Federal adota um critério de antiguidade para definir sua presidência: o vice-presidente, ao término do mandato vigente, assume o comando da Corte. Fachin, que ingressou no STF em 2015, já ocupava o posto de vice desde 2023 e, portanto, estava na linha natural de sucessão. Essa prática visa garantir continuidade administrativa e estabilidade institucional no tribunal mais importante do Judiciário brasileiro.

O STF é o guardião da Constituição e tem desempenhado papel central em decisões que moldam o cenário político e social do Brasil. A gestão de Fachin começa em um momento de grande visibilidade para a Corte, que vem enfrentando temas sensíveis, como questões eleitorais, liberdade de expressão e combate à desinformação. Segundo dados internos, cerca de 40 mil processos tramitam atualmente no STF, o que exige gestão estratégica para garantir celeridade e eficiência.

Fachin já indicou que pretende reforçar a colegialidade, ou seja, decisões mais consensuais entre os ministros, evitando desgastes públicos. Outro ponto-chave será a modernização dos processos internos e o incentivo à digitalização para acelerar julgamentos. No campo externo, a estratégia inclui comunicação mais transparente com a sociedade, fortalecendo a imagem institucional do STF.

A transição de comando no STF tem sido marcada por respeito e continuidade. Luís Roberto Barroso, ao se despedir, elogiou a trajetória e a postura de Fachin, afirmando que “o país tem sorte de tê-lo como presidente”. Essa harmonia no processo de sucessão é vista como um sinal positivo de estabilidade no Judiciário, especialmente em um cenário político polarizado.

A eleição de Edson Fachin como presidente do STF simboliza continuidade e compromisso com a democracia. Sua gestão, que começa em setembro, terá pela frente desafios significativos, mas também a oportunidade de fortalecer o papel do Supremo como pilar de estabilidade e garantidor da Constituição.

Fonte: Da Redação

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