POLÍTICA

Parlamentares de MT não têm destaque

Dos oito deputados federais e três senadores de Mato Grosso nenhum conseguiu ocupar um lugar na lista dos 100 “Cabeças” do Congresso Nacional, publicada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), anualmente. Das 27 unidades federativas brasileiras, 23 possuem pelo menos um representante na lista. Apenas Mato Grosso, Rondônia, Paraíba e Sergipe ficaram de fora. A última vez em que o Estado entrou no rol foi em 2005 com o deputado federal Pedro Henry (PP).
A publicação está em sua 16ª edição e define os "Cabeças" do Congresso Nacional como aqueles parlamentares que conseguem se diferenciar dos demais no exercício da função. Os critérios de escolha seguem métodos qualitativos e quantitativos. Para figurar na lista, o parlamentar deve se destacar pela capacidade de conduzir debates, negociações, votações, articulações e, principalmente, facilidade para elaborar propostas e projetá-las para o centro do debate, liderando sua repercussão.
A publicação traz também uma lista de parlamentares “em ascensão”, definido como aquele que tem buscado abrir canais de interlocução, criando seus próprios espaços e se credenciando para o exercício de lideranças formais ou informais no âmbito do Parlamento. Nessa categoria, o único nome mato-grossense que desponta é do deputado federal Carlos Abicalil (PT). O parlamentar, que é presidente da sigla no Estado, foi eleito deputado federal em 2002 e reeleito em 2006. Ele poderá tentar uma vaga ao Senado nas eleições de 2010, mas enfrentará um embate interno no partido, da ala que defende a reeleição da atual senadora Serys Slhessarenko.
São representantes do Estado na Câmara Federal os deputados Carlos Abicalil (PT), Carlos Bezerra (PMDB), Eliene Lima (PP), Homero Pereira (PR), Pedro Henry (PP), professor Victorio Galli (PMDB) (suplente de Bezerra), Thelma de Oliveira (PSDB) e Valtenir Pereira (PSB). No Senado estão Gilberto Goellner (DEM), Serys Slhessarenko (PT) e o licenciado Jayme Campos (DEM).
De acordo com a publicação do Diap, os representantes do Congresso Nacional que ocupam a lista são aqueles que ocupam cargos formais ou informais, como presidência de comissões, lideranças, vice-lideranças, relatorias, missões partidárias e direção da Câmara ou do Senado. A reputação entre os colegas também é fundamental para o ingresso no grupo.
Para chegar aos nomes do “Clube dos 100”, o Diap fez entrevistas com deputados e senadores, assessores das duas Casas do Congresso, jornalistas, cientistas e analistas políticos. Além disso, promoveu exame das atividades profissionais, dos vínculos com empresas ou organizações econômicas ou de classe, da formação e vida acadêmica, além de levantamentos de pronunciamentos, apresentação de proposições, resultados de votações, a frequência com que é citado na imprensa, temas preferenciais, cargos públicos exercidos dentro e fora do Congresso, relatorias de matérias relevantes, forças ou grupos políticos de que faça parte.
Dos cem, alguns têm o nome destacado, como os senadores Gim Argello (PTB), Marina Silva (PV), Kátia Abreu (DEM) e os deputados Daniel Almeida (PCdoB), Tadeu Filippelli (PMDB), Mário Heringer (PDT), Antônio Carlos Biscaia (PT), Brizola Neto (PDT), Pepe Vargas (PT), Arnaldo Jardim (PPS), Roberto Santiago (PV) e Eduardo Gomes (PSDB).
ANA ROSA FAGUNDES
Especial para o Diário

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