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sábado, maio 18, 2024

Em Rondonópolis usuários do transporte coletivo ainda encontram dificuldades para utilizar o serviço

O funcionamento do transporte público em Rondonópolis ainda é um problema. Atualmente os usuários se queixam do número reduzido de veículos que estão em circulação, as condições precárias em que se encontram, além da redução das linhas em operação que foram retiradas. O vereador Professor Silvio Negri (PCdoB) está fiscalizando essa situação e espera que uma licitação, que deve acontecer em breve, conte com a participação de várias empresas concorrentes.
“Finalmente sairá a licitação, embora faça quatro anos que a empresa atual trabalhe em regime de contrato mas de forma precária, tirando de circulação várias linhas e demitindo motoristas”, disse Silvio Negri durante a última Sessão na Câmara. Ainda, de acordo com o parlamentar, essas atitudes prejudicam a população, principalmente trabalhadores e estudantes, além dos idosos, que utilizam o transporte, sobretudo, nos finais de semana. “A maior parte dos usuários moram na periferia da cidade e mais de 50% deles utilizam o transporte para trabalhar e estudar. É um problema que precisa ser resolvido com urgência”, defende.
Daniel Dias, 25 anos, é usuário frequente do transporte público em Rondonópolis. O jovem mora no Jardim Quênia e costuma ir para o centro da cidade de coletivo e, em alguns momentos, faz integração (troca de ônibus) para linhas de outros bairros. Daniel se preocupa com a qualidade da frota de veículos que, segundo ele, está defasada, com excesso de passageiros e demora no percurso em algumas linhas. “São ônibus utilizados desde 2005, superlotados e com intervalos longos entre as linhas. Infelizmente não dá para programar compromissos usando o transporte coletivo. Além disso, os motoristas também exercem a função de cobradores, o que desvia sua atenção do trânsito”, conta.
Quem enfrenta a mesma dificuldade é a profissional liberal Alzira Fernandes Garcete. Moradora do Residencial André Maggi, ela está há 10 anos em Rondonópolis e afirma que a prestação de serviço de transporte coletivo sempre foi precária. “Eu uso o ônibus para tudo, principalmente quando vou para a região do Parque Universitário. Lá existem três linhas, mas dependendo do horário elas não funcionam. Eu já fiquei mais de uma hora e meia esperando no ponto de ônibus. Sem contar que os veículos estão sucateados”, desabafa a moradora.
Segundo a Prefeitura Municipal, a minuta do projeto está concluída, mas precisa ser aprovada pela Câmara, que terá 30 dias para analisar, promover uma audiência pública para que então seja marcada a licitação. “Na condição de vereador, tenho o dever de apoiar os projetos que tornam Rondonópolis uma cidade mais digna para a classe trabalhadora e estudantil”, afirma Silvio.
Situação que Alzira espera que seja efetivada com rapidez. “Espero que venha uma empresa com qualidade e com preço justo, porque o preço que está hoje não condiz com o que nos é oferecido”, comenta.
Transporte Público Coletivo
O vereador Professor Silvio Negri, que é doutor em geografia e pesquisa mobilidade urbana, explica que os meios de transporte público são aqueles gerenciados por empresas públicas ou privados. “O governo pode realizar o gerenciamento desse meio de transporte ou dar concessão, através de licitação e contrato, para outras empresas administrarem, por tempo determinado, para que o cidadão possa usufruir do serviço”.
Ele explica ainda que esses transportes podem ser classificados de várias maneiras como táxi, bicicleta, motocicleta, ônibus municipal e intermunicipal, metrô, trem, e são coletivos, o que não faz deles uma mercadoria, mas sim, um serviço público. “Também é necessário ter um valor que respeite o cidadão, neste caso o prefeito é quem autoriza o reajuste das tarifas das passagens”, conclui.

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