Fazenda recomendará a Lula fim da redução de IPI
O Ministério da Fazenda recomendará ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a redução de impostos para veículos e eletrodomésticos não seja prorrogada, informam Valdo Cruz e Leandra Peres na edição de hoje da Folha. A reportagem completa está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.
O benefício para carros acaba no final deste mês, e o dos eletrodomésticos vale até 14 de julho. A avaliação da área econômica é que a melhora nas condições de crédito e no cenário internacional é suficiente para evitar uma queda acentuada nas vendas desses setores. A decisão final será de Lula da Silva, que concordou em prorrogar a desoneração de impostos para automóveis em março e já deu sinais de que poderá estender a medida caso haja riscos para a indústria automotiva.
Entre os motivos elencados pela Fazenda para sugerir retomada da tributação do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) estão a perda de arrecadação tributária e o fato das prorrogações sucessivas terem cada vez menos efeito. Num primeiro momento, a queda no imposto estimula a compra por quem tinha planos de adquirir um carro novo e estava adiando a decisão. Quando a desoneração é estendida, não serve como um impulso para mudar o comportamento de quem não ia adquirir um veículo.
Em São Paulo, o presidente da Anfavea (associação das montadoras), Jackson Schneider, disse que uma nova prorrogação do IPI reduzido não está em negociação, ao menos por enquanto. "Temos a informação do governo de que o IPI menor segue somente até o final de junho", afirmou. Questionado se buscaria uma extensão do prazo, Schneider afirmou não ter tratado sobre o tema com o governo ainda. Segundo ele, as vendas devem sofrer queda em julho, com o fim do benefício.
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