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quinta-feira, maio 16, 2024

O dilema de Mauro

Tudo indica que o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, está mais do que decidido: ele não vai se envolver em Rondonópolis. Ou seja, aqui na cidade, Mauro não vai apoiar nenhum dos três pré-candidatos que estão em cena: o deputado Thiago Silva, o também deputado estadual Cláudio Ferreira, o Paisagista, e ainda o presidente do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Paulo José Correia.


A decisão de Mauro pode ser vista como um equívoco por muitos, pois não tomar posição em uma cidade do tamanho de Rondonópolis, que tem força e representação política, pode ser um erro em relação ao seu futuro em disputas eleitorais próximas, nas quais Mauro tenha interesse. Por outro lado, outras pessoas acham que o governador está acertando ao não se envolver nas eleições locais, pois seria como mexer numa caixa de marimbondos, e ele poderia sair do processo eleitoral ferido, ou até mesmo picado, dependendo do resultado.


O que se sabe é que Mauro Mendes tem suas pesquisas que mostram que sua popularidade em Rondonópolis está muito alta, superior até mesmo à do prefeito Zé Carlos do Pátio e do presidente Lula. Muitos acreditam que entrar numa eleição tão disputada como promete ser esta de Rondonópolis poderia fazer Mauro perder pontos, ou seja, popularidade, já para o próximo processo eleitoral. Em tese, ele entraria enfraquecido nas regiões mais importantes do estado, que é justamente o sudeste de Mato Grosso, onde Rondonópolis é a cidade líder.


Inteligente e articulado, Mauro aprendeu como jogar o jogo e tem dado um verdadeiro show com todos os seus adversários desde a última eleição que venceu em 2022. Mauro desintegrou as oposições, tanto na assembleia como em outros setores do estado, disputou uma eleição tranquila e garantiu uma das vitórias mais acachapantes da história das eleições de Mato Grosso.


Com toda a certeza, ele está de olho nos próximos processos eleitorais, sabe que precisa manter a popularidade para galgar novos passos na política e, entre apoiar Thiago Silva, Paulo José ou Cláudio Ferreira, ele achou melhor não apoiar nenhum deles. Dessa forma, não ficaria mal com a população local, que entenderia que o governador decidiu que o povo tome os destinos da cidade sem a sua influência.


Mauro sabe que a decisão de apoiar um dos três candidatos poderia prejudicar seu governo em Rondonópolis, mostrando suas falhas na saúde, na educação, na segurança pública e na geração de emprego e renda. Agora, sem atuar a favor de nenhum dos três, seu governo vai passar durante o período eleitoral de forma mais tranquila, claramente com menos impacto.


Se ele acertou ou não nessa estratégia, só o tempo dirá. Vamos todos aguardar para ver.

Fonte: Da Redação

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