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sexta-feira, maio 3, 2024

Brizola, Pátio; o Ceip e a Escola Integral

No ano de 1983, o estado do Rio de Janeiro apresentou algo que poderia revolucionar a educação no Brasil. O então governador do estado, Leonel de Moura Brizola, que acabara de ser eleito, em uma eleição muita disputada, criou os Centros Integrados de Educação Pública, os famosos Cieps, que eram escolas que até os dias de hoje seriam modernas e funcionais.


Com projeto arquitetônico do gênio Oscar Niemeyer e com uma linha de educação pensada pelo gênio Darcy Ribeiro, o Ciep era um projeto tão perfeito que seria atual até nos dias de hoje.


Foi o primeiro exemplo de escola integral realmente pensada desde a estrutura do prédio até mesmo o projeto pedagógico. As escolas, no primeiro momento, chegaram a oferecer ensino integral e com espaços programados para alimentação, descanso, práticas de esportes e salas de estudo dirigido, pesquisa e biblioteca e ainda com programações culturais, no mesmo espaço aos finais de semana, aproximando a escola da comunidade.
Era, sem dúvida, um dos maiores e mais perfeitos projetos educacionais do país e que tinha ainda naquela época a proposta de gestão democrática, onde o diretor era escolhido pela comunidade.


Pois bem, mas tudo que é bom ou faz sucesso na política, dura pouco. Com a saída do grupo de Brizola do poder no Rio de Janeiro, os Cieps continuaram apenas na estrutura, nos prédios, e foram perdendo as características pensadas inicialmente por Niemeyer e Darcy Ribeiro, passando de escola integral, por exemplo, para uma escola com três turnos, mas com alunos diferentes.


Com o passar dos anos, de uma escola diferente, eficiente e futurista, o Ciep foi virando uma escola normal, sem inovação e arcaica, pois não houve preocupação política em manter o projeto inicial; se funcionasse até hoje, a educação do Rio de Janeiro e do Brasil seria outra, totalmente diferente.


No entanto, como estamos em ano eleitoral, fica a dica para que os candidatos a prefeito de Rondonópolis mantenham os projetos do prefeito Zé Carlos do Pátio e da ex-secretária de Educação, Mara Gleibe da Fonseca de escolas integrais, mantendo os projetos inovadores da educação local e não façam a besteira de estragar o que está bom, como ocorreu no Rio de Janeiro.
A dica vale sim, tanto para aliados como para os adversários; vamos manter o que está bom.

Fonte: Da Redação

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