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Rondonópolis
quarta-feira, maio 8, 2024

Mato sem cachorro

A situação da Autarquia do Transporte Coletivo de Rondonópolis Marechal Rondon, mostra que é preciso fazer ainda muito para resolver o problema do transporte de passageiros de Rondonópolis. O grande problema está na base de arrecadação da empresa, que recebe apenas o que vem da bilhetagem. O xis da questão é que a venda das passagens para atender as diversas linhas não paga a conta. O valor da passagem está defasado há anos, apesar dos aumentos dos combustíveis e dos salários nos últimos anos. No entanto, mesmo aumentando a passagem e penalizando o consumidor, ou melhor, usuário, tudo indica que o problema vai continuar, pois a conta não vai continuar fechando. O motivo é que o volume de usuários do transporte coletivo público diminuiu muito nos últimos anos.

O mototáxi, por exemplo, no passado, levou uma boa parcela das pessoas que andavam de ônibus. Depois veio o transporte via aplicativo, com preços competitivos, que também acabou levando uma outra parcela do usuário. Ainda ocorreu outro fato, a chamada Lei do Endividamento Familiar, que aumentou, no passado, o acesso a financiamento de carros e motos e desta forma, um outro grupo, acabou deixando de andar de ônibus na cidade. Para comprometer ainda mais a situação, há muitas leis que garantem gratuidade do transporte e isso também comprometeu a receita.

Por outro lado, está claro que a receita do serviço precisa de um incremento, e a saída por um lado, é melhorar a qualidade do serviço. Com a concorrência do mototaxi, dos aplicativos; o passageiro quer conforto, pontualidade e qualidade e isso pelo visto, não está sendo feito, pois ainda são muitas as reclamações do usuário. Sem fechar a conta e com recursos parcos, restou à Autarquia apelas pelo município e pedir um subsidio para pagar salários, compromissos e manter o serviço. Há quem diga, que na verdade, a prefeitura deveria desistir da autarquia e entregar o transporte coletivo para a iniciativa privada. Mas o problema é que a teoria e pratica são distintas, pois não há ainda no Brasil, empresas com interesse em pegar um mercado como Rondonópolis, caro e deficitário. Dessa forma, não há saída, resta a prefeitura assumir a conta e manter o transporte, pois ainda há muita gente que depende do ônibus para ir trabalhar, por exemplo. Em resumo, estamos em um mato sem cachorro.

Fonte: Da Redação 

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