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Rondonópolis
terça-feira, abril 30, 2024

Dias melhores virão

Está claro e evidente que vamos passar por uma grande crise econômica neste ano de 2024. O motivo principal está relacionado ao agronegócio, que não terá a mesma lucratividade que teve nos anos anteriores e, além disso, a tendência é de prejuízos daqui para frente. Desta forma, todo cuidado é pouco em termos de investimentos e com a economia minguando. Sabemos que todos os setores da sociedade, pelo menos em Rondonópolis, vão sofrer, pois nossa cidade é extremamente dependente do agronegócio. A regra é mais ou menos assim: se o agro vai bem, a economia também vai bem. Agora, se o agro vai mal, a economia no geral acaba também indo mal. Por outro lado, é preciso deixar bem claro que esta não será a primeira nem a última vez que o agro entrará em crise no Brasil, também em Mato Grosso e, por que não dizer, em Rondonópolis. Sabemos claramente que o agro tem todas as características e capacidade para se recuperar e voltar a ditar as regras na economia local, nacional e mundial. Basicamente, o que ocorreu neste ano foram a junção de muitos fatores, o que raramente acontece, principalmente no que diz respeito ao clima do nosso estado de Mato Grosso. Aqui sempre teve um clima privilegiado para o agronegócio. Nos meses de seca, ocorre a falta de chuva na medida certa, e nos meses de chuvas, as precipitações também ocorrem dentro das medidas esperadas, garantindo uma colheita farta e tranquila. O problema é que neste ano a seca foi muito mais severa do que o habitual, e o período de chuvas foi muito mais fraco do que o necessário, comprometendo totalmente o período de plantio e colheita, além da qualidade do que é produzido no estado. Para piorar ainda mais a situação, os preços das commodities já não são mais os mesmos de antes e, no fim, juntou-se preço baixo, pouca produção e aumento significativo dos insumos para garantir uma colheita de qualidade. A produção ficou mais cara, a margem de lucro menor e, consequentemente, muitas pessoas que não tiveram prejuízos no passado se veem agora com um grande volume de contas para pagar e sem muitas perspectivas de pagamento. O primeiro reflexo de tudo isso será no comércio, pois com pouco dinheiro circulando, o consumo também diminui na mesma proporção. Por outro lado, sabemos que o poder público, preocupado com tudo isso, buscará uma solução para amenizar os problemas e, principalmente, manter um bom volume de empregos.

Também sabemos que no ano que vem há uma nova possibilidade pela frente. O clima deve melhorar, os preços devem melhorar e, com isso, quem conseguir produzir no ano que vem conseguirá sobreviver a essa montanha- -russa que é a nossa economia. No entanto, torcemos neste momento para que todos passem por essa crise com o mínimo de estragos possíveis, que o comércio sobreviva, que a construção civil consiga entregar os projetos dentro dos prazos estabelecidos e que o cidadão pagador de impostos mantenha seus empregos, para que no final todos possam ficar em paz e garantir o desenvolvimento crescente de nossa cidade, nosso estado, principalmente nosso país. Este não é o momento de desanimar, e sim de acreditar que podemos sim superar este período de crise e viver novamente dias melhores.

Fonte: Da Redação 

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